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O Material dourado e os sentidos
13/09/2016 - Equipe Bem-Me-Quer
Segundo o psicólogo suíço Jean Piaget, é pela manipulação de objetos como tampinhas, pedrinhas e outros, que a criança começa a realizar operações aritméticas. Essa experiência é que lhes possibilita passar para uma etapa de raciocínio abstrato. Não basta, no entanto, o uso aleatório desses objetos. É preciso que os mesmos sejam encarados como um recurso para se atingir um fim, levando o aluno a refletir sobre o que está realizando. Outro aspecto interessante é que devem ser utilizados materiais diversos como o ábaco, o dourado e até mesmo a calculadora quando do estudo dos algoritmos das 4 operações.
Destes, o Material Dourado, que foi criado pela médica e educadora italiana, Maria Montessori, tem sido o mais empregado nas escolas. Quando foi criado, a intenção era o trabalho com crianças com distúrbios de aprendizagem justamente baseando-se nesse conceito piagetiano de que o uso do material concreto leva ao raciocínio abstrato.
O Material Dourado, especialmente criado para o trabalho com aritmética, seguiu os mesmos princípios dos outros materiais montessorianos: a educação sensorial. Ao usá-lo a criança estará trabalhando com os seus sentidos e, através dos sentidos, desenvolvendo a sua independência, a confiança em si mesma, a concentração, a ordem. O uso do dourado vai gerar experiências concretas estruturadas, de tal maneira a conduzir a abstrações cada vez maiores e a percepção dos possíveis erros que venha a cometer durante o seu manuseio.
Inicialmente era conhecido como o “Material das Contas Douradas” e permitia que as crianças manuseassem as unidades, montassem as dezenas, centenas e unidades de milhar com contas douradas. No entanto, Lubienska de Lenval, seguidora de Montessori, fez uma modificação no material inicial e o construiu em madeira na forma que encontramos atualmente.
É desde os primeiros anos na escola que o aluno deve ter contato com o Material Dourado, mas de maneira lúdica, para que sua exploração ocorra livremente. Assim estará percebendo sua forma, sua constituição e os tipos de peças que compõem o material. Essa liberdade no manuseio criará uma forma própria de nomear as peças e registrar o que for feito, incentivando a criação de seus próprios métodos para encontrar soluções e perceber a funcionalidade da linguagem matemática.
Mais tarde o professor poderá então dar as denominações usuais às peças: cubinho, barrinha, placa e bloco, pois seus objetivos serão outros: fazer com que o aluno perceba as relações entre as peças e compreenda as trocas no Sistema de Numeração Decimal.
Hoje é usado em escolas que adotam as mais diversas metodologias, mas seu uso nas escolas montessorianas é sistematizado desde os anos iniciais, quando a educação dos sentidos é primordial, até os segmentos seguintes, para a compreensão de conceitos mais abstratos como números decimais. É quando, partindo de unidades inteiras, visualiza-se as partes menores do que o inteiro: décimos, centésimos e milésimos.
Através dos sentidos e de um material estruturado leva-se o aluno à abstração de conceitos matemáticos.
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