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Alimentação infantil equilibrada: nem proibir tudo nem forçar a comer toda a comida do prato.

04/08/2017 - Fonte: Revista Crescer

Você gosta que seu filho limpe o prato na hora das refeições? Ou, então, pega no pé dele para que não coma nenhuma bobeira nunca? Vá com calma. Atitudes extremas, tanto de insistir com a comida quanto de banir um lanchinho vez ou outra, podem contribuir para o descontrole alimentar da criança, e, como consequência, levá-la a ganhar peso.

Durante dez anos, o Center for Childhood Obesity Research at Pennsylvania State University analisou 200 meninas de 5 anos. Os dados revelaram que aquelas que eram filhas de pais muito restritivos com ingestão de determinados alimentos tiveram mais ganho de peso que as demais.

Isso só mostra que, por mais difícil que seja, é preciso encontrar um equilíbrio. “Tudo que é proibido vai gerar mais interesse da criança. Assim que ela tiver oportunidade de comer, longe dos pais, ela vai fazer, e em quantidade maior. No lugar da proibição é preciso existir uma educação alimentar”, diz Sandra Leal Calais, psicóloga infantil da UNESP de Bauru (Universidade Estadual de São Paulo). Segundo um dos pesquisadores, a restrição pode fazer, inclusive, com que a criança passe a ter aversão pelos “bons alimentos”.

Mas, para ensinar ao seu filho sobre a importância dos alimentos saudáveis e daquela pizza que pode ser saboreada de vez em quando, você tem que dar o exemplo. Como quer que o pequeno coma legumes se ele nunca os vê no seu prato?

- Longe do prato limpo.

É claro que você precisa ensinar o seu filho a não desperdiçar a comida, mas isso não quer dizer que é preciso forçá-lo a comer tudo o que você colocou no prato. Um estudo realizado pela Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, com crianças em idade pré-escolar, sugere que aquelas que são forçadas a comer toda a comida colocada pelos pais podem não desenvolver o autocontrole das crianças com os alimentos, justamente numa fase em que estão formando hábitos que vão carregar para o futuro.

Segundo Sandra Calais, o comportamento alimentar é algo que os pais passam aos filhos, e as regras que eles estabelecem na infância para a criança ficam como um valor. “Ela pode achar que deve comer o pacote de bolacha todo de uma vez porque não pode sobrar”, diz Sandra.

O que fazer então? Bom senso. Em primeiro lugar, nunca use o alimento como premiação ou negociação. Sabe aquela história de, se você não comer tudo, não vai passear? Esqueça. “Essa atitude gera um trauma na criança, que sabe que vai ter de dar conta do prato. E, como quer passar logo para outra atividade [um passeio ou uma brincadeira], ela enxerga a alimentação como um peso”, afirma Ana Merzel, psicóloga do Hospital Albert Einstein (SP).

- A medida.

Se você tem dúvida do quanto e o quê o seu filho deve comer, converse com seu pediatra. Alimentar-se além do necessário faz com que o estômago acostume a receber muita comida, o que pode contribuir para o sobrepeso. “É importante que o pediatra mostre para os pais que, por mais que o filho deles seja magro, ele está saudável”, diz Ana.

De acordo com Nelly Aparecida Yoneyama Fortunato, nutricionista do Hospital São Luiz (SP), muitas vezes os pais perdem a medida do que colocar no prato. “Na ansiedade de que o filho se alimente bem, eles colocam uma quantidade além do necessário”, diz.
Algumas dicas para evitar grandes quantias são fracionar as refeições e pedir para o seu filho ajudar a montar o prato. A elaboração da refeição, dosando os carboidratos, legumes e verduras, fica por sua conta, mas a quantidade pode ser sugerida pela criança.

Lembre-se também que o seu filho passa por fases. Há épocas em que ele come melhor e não gosta de determinados alimentos. Isso não quer dizer que você deva desistir de oferecer a ele um legume que rejeitou. Dê à criança a possibilidade de experimentar aquele alimento em outro momento.

Agora, se chegou num ponto do almoço e do jantar e seu filho não quis mais comer, incentive-o, mas não force. “Tente uma, duas vezes. Só não substitua por outros alimentos. Na próxima refeição ele deve ter mais fome”, afirma Nelly.

É importante ainda que você reserve ao menos uma refeição no dia para fazer ao lado do seu filho, e, sempre que possível, envolva-o no preparo ou na compra dos alimentos.

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